sexta-feira, 5 de março de 2010

"Pescador"

“Quando, afadigado me sinto,
aprumo os sentidos assim meio de relancina
junto meus apetrechos
dou um beijo na china
e numa ânsia descompassada num tranco de tropeiro
tomo o rumo da estrada em direção ao pesqueiro

não sei que sorte me espera

se lambari, traíra ou jundiá

só por estar pescando,
já me sinto um piá

momentos de espera, em que a vida reflito

entre beliscões de roncador e tapa nos mosquitos

um trago largo de canha pro acalanto dos instintos

a noite se achega, e a lua vai ser clara

traíra fora dágua, logo se estraga

mas com óleo bem quente, sal e pimenta

por certo uma janta pra lá de buena

lanço linhas apelativas e iscas tentadoras

num remanso invisível onde sonho e imagino
pegar... quem sabe algum dourado...
pois chega de girino

espero...

o momento em que darás o sinal vibrante,
o belisco, e em seguida a fiscada
rezando pra tudo quanto é santo
pra não te perder numa galhada

vitória, tua ou minha...

se fora dágua eu te tirar, faceiro vou ficar

mas se assim não for, se for esse o teu destino

torço pra que sobreviva e cresça

pois quando eu voltar,

vou fazer um ensopado com a tua cabeça

2 comentários:

silas disse...

se é poesia então toma !;( FIM DE PESCA.)volto pra casa com a alma acabrunhada... mas que judiaria deixar pra tras tamanha beleza e alegria,mas a vida é assim mesmo !!1 noite no pesqueiro outra no braço da amada !!!.

kieffer disse...

HA ESSA PESCA,PENA QUE NÃO TIVE A OPORTUNIDADE DE PARTICIPAR PARA FAZER UNS ARREMESSOS,E VIR DE LINHA CARREGADA,MAS AINDA VOU,POIS PARCERIA TEM NÉ TCHE SILAS E TCHE KBÇA,ABRAÇÃO....